sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O corvo

é o tempo que passa
e a vida que acaba
e eu não canso de ser eeu

é o vento que arrasa
e a terra que amassa
e eu só procuro do seu

canto o canto da graça
eu danço na praça
tendo a sorte de ser teu

sou o bico da garça
em sua bolsa trás mágica
e eu me acho tão meu

você ja foi
beijada por bocas sórdidas
Mas nunca foi
tocada por minhas notas

é que o novo
exige galinhas mortas
sou o corvo
e escrevo por linhas tortas
sou o corvo
e escrevo por linhas tortas

e você tenta ver
ou tenta crêr
em algo além do saber

e você faz por merecer
e tenta ser
alguém que acabou de nascer

pois a força do outro
é a força de um touro
e a gente não vai caber

é o brilho do ouro
seja ele de tolo
faz parte do meu crescer

você ja foi
beijada por bocas sórdidas
Mas nunca foi
tocada por minhas notas

é que o novo
exige galinhas mortas
sou o corvo
e escrevo por linhas tortas
sou o corvo
e escrevo por linhas tortas

o aqui e o agora existe
e você capriche
na merda de ser ateu

o aqui e o agora é a hora
sem demora
a hora de ser só meu

pois o presente é o agora
e a vida se enrola
e você ainda não bateu

na minha taça de vinho
pois eu sei o caminho
o caminho que deus me deu

você ja foi
beijada por bocas sórdidas
Mas nunca foi
tocada por minhas notas

é que o novo
exige galinhas mortas
sou o corvo
e escrevo por linhas tortas
sou o corvo
e escrevo por linhas tortas

Nenhum comentário:

Postar um comentário