terça-feira, 29 de dezembro de 2009

relatos de um náufrago

Dias nadando e nada vejo
dias a nado, a procura de um beijo
doce ou salgado, azedo, um beijo


O mundo de Garlahanna, amada por slaol e fruto de inveja de lahanna acabava entorno daquele barco ate o dia da sua explosão. Naquele barco existia paz, amor e harmonia. Mas o barco explodiu. O náufrago, que é muito esperto, rapidamente alcançou um barriu de hidromel que, furado em baixo, serviu como uma ótima boia.

Na primeira noite (veja você) veio uma fortíssima tempestade. O ex marinheiro esbravejava sobre as ondas e lançava pragas contra o vento. Mas o vento não ouviu suas preces e a tempestade durou durante toda a madrugada.

No primeiro dia a tempestade passou. Mas o sol castigava as costas do náufrago. Debruçado sobre o barril, os raios de sol eram como xicotes de fogo que queimam suas costas, chegando ao ponto de implorar para que a tempestade voltasse naquele dia quente de verão.

Mas aquele tempestade
Era uma tempestade de verão

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Vinícius e o ganso

Em um corriqueiro dia chuvoso, um jovem moço que ainda vivia os conflitos da da prematura idade, cometeu a maior das negligencias, que um campones em sua carencia de iluminação não o faria!
Alguns dizem que foi o a bebida, outros falam que foi um acidente, mas como toda boa fabola podemos tirar proveito de uma valiosa lição!
Tudo começa em um sitio em Ariró, em um chão de poca aderencia caracterisco das chuvas de verão, presentes naqueles dias... nossa! que dias!
Vinicus em sua completa arrogancia, em sua soberba inseguraça, presente em seu porte fisico artifical, se move contra a fauna e tudo oque ela representa, ao atormenta um pacifico ganso, meu caro leitor não se deixas enganar pacifico não é indefeso...
O ganso então trazendo consigo sua ira de seus instintos ancestrais, desce o cacete no vinicius! Vinicius então fragilizado e envergonhado, fala palavras barbaras afim de esconder seu ferido ego... diz:" qunado o ganso não tiver olhando eu vo la descer o cacete nele!
O ganso envocado distrais com os campos a sua volta, vinicius ainda mantendo seu temperamento juvenil corre atras do ganso em largos passos cheios de rancor e vingança, mas infeliz é o vinicus que vacila com os pés e cai de barriga na lama ao lado de seu adversario e mais uma vez o ganso desce o cacete no vinicius, que se acaba em prantos gritando cheio de odr : porra tira ese ganso daqui! ai! ai!.

Moral da historia: respeite a natureza. =]

Fraternalmente
Ray Allston

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Bike

(Barrett) 3:22

I've got a bike, you can ride it if you like.
It's got a basket, a bell that rings
And things to make it look good.
I'd give it to you if I could, but I borrowed it.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I've got a cloak it's a bit of a joke.
There's a tear up the front. It's red and black.
I've had it for months.
If you think it could look good, then I guess it should.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I know a mouse, and he hasn't got a house.
I don't know why I call him Gerald.
He's getting rather old, but he's a good mouse.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I've got a clan of gingerbread men.
Here a man, there a man, lots of gingerbread men.
Take a couple if you wish. They're on the dish.

You're the kind of girl that fits in with my world.
I'll give you anything, everything if you want things.

I know a room full of musical tunes.
Some rhyme, some ching, most of them are clockwork.
Let's go into the other room and make them work.


the scarecrow

(Barrett) 2:10

The black and green scarecrow as everyone knows
Stood with a bird on his hat and straw everywhere.
He didn't care.
He stood in a field where barley grows.

His head did no thinking
His arms didn't move except when the wind cut up
Rough and mice ran around on the ground
He stood in a field where barley grows.

The black and green scarecrow is sadder than me
But now he's resigned to his fate
'Cause life's not unkind - he doesn't mind.
He stood in a field where barley grows.

astronomy domine

(Barrett)

Lime and limpid green, a second scene
A fight between the blue you once knew.
Floating down, the sound resounds
Around the icy waters underground.
Jupiter and Saturn, Oberon, Miranda
And Titania, Neptune, Titan.
Stars can frighten.

Blinding signs flap,
Flicker, flicker, flicker blam. Pow, pow.
Stairway scare Dan Dare who's there?
Lime and limpid green
The sounds surrounds the icy waters underground
Lime and limpid green
The sounds surrounds the icy waters underground.

the gnome


(Barrett)

I want to tell you a story
About a little man
If I can.
A gnome named Grimble Crumble.
And little gnomes stay in their homes.
Eating, sleeping, drinking their wine.

He wore a scarlet tunic,
A blue green hood,
It looked quite good.
He had a big adventure
Amidst the grass
Fresh air at last.
Wining, dining, biding his time.
And then one day - hooray!
Another way for gnomes to say
Oooooooooomray.

Look at the sky, look at the river
Isn't it good?
Look at the sky, look at the river
Isn't it good?
Winding, finding places to go.
And then one day - hooray!
Another way for gnomes to say
Oooooooooomray.
Ooooooooooooooomray.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Como um cão

Os dias passam e o calor se vai. A chama da paixão esta cada dia mais fraca. Hoje é apenas madeira em brasa, esperando por mais combustível, para exercer o amor. O amor que machuca é o mesmo que se procura. Não adianta mais latir, abanar o rabo ou tentar chamar atenção de qualquer maneira. O fogo não escuta mais as preces daquele cão sarnento. Ele caminha longas distancias, farejando qualquer indício de verdade, do bom e puro amor, o amor que curaria sua sarna e suas enfermidades, mas só tem visto perdição e ilusão.

O cão então resolve voltar para casa. Seus donos gritam de alegria ao ver-lo, eles já não sabem o que fazer para deixar-lo preso em casa, pois é um cachorro esperto, sempre da um jeito de fugir da prisão. No conforto do lar lhe dão comida, cuidam de suas doenças e lhe dão carinho. Mas o calor que procura não está lá, então ele repousa e solta um longo suspiro, sabendo que em breve terá que sair a caça novamente.

Antes de dormir, ele contempla a lua. Olha no fundo do seu grande olho branco e solta um longo uivo, em seguida os outros cães da vizinhança começam a uivar também, como se alguém tivesse avisado a eles que a lua estava lá, pronta para o que der e vier. Aquele cão não era como os outros, sempre soube que a lua estava La, mas a lua é fria e distante, ele queria o calor.

Assim que amanhece o cão levanta de sua cama. Com novas energias e inspirado ele recomeça a sua busca sob a luz intensa do sol. “que delicia de sol” ele pensava. O sol conseguia chegar perto do tipo de calor que ele procurava, mas é claro, não era o legítimo.

Chegando perto de uma padaria viu vários cães contemplando um frango que rodava na máquina de rodar frangos. Ele se sentou junto aos amigos e ficou a observar os frangos girantes também. A máquina exalava um calor intenso, mas não se comparava ao calor que o cão procurava. O padeiro simpático lançou um pedaço da carne para os cães, todos comeram animados, menos aquele cão inquieto que não comeu nada, levantou-se e continuou em sua busca.

Chegando perto de uma praça sentiu o cheiro daquele calor. “finalmente!” pensou o cão que agora abanava o rabo e corria seguindo aquele odor. Mas deu de cara com um grupo de cachorras no cio, com uma fila enorme de cães de rua sarnentos esperando a sua vez de copular.

O cão desanimou-se. Deprimido começou a arrastar suas patas de volta para casa. No caminho viu outras cachorras, algumas em suas orgias de rua e outras aprisionadas em casa. As aprisionadas eram maravilhosas, o cão sempre chegava perto da grade e trocava lambidas, mas a prisão delas o mantém distante. Ele se perguntava porque elas não fugiam que nem ele.

De volta a casa, foi repreendido por ter fugido e teve que dormir do lado de fora, no frio da noite. Deitou-se na varanda e ficou a olhar as estrelas. Mas eis que de repente pula no muro uma gata, o coração do cão começa a pular. “encontrei!!” ele pensava, “é isso!”. O cão então animado levanta-se e começa a latir intensamente para a gata, mas ela não entende uma palavra de latido, então assustada, pula o muro de volta para a rua. E mais uma vez o cão dorme sozinho, afinal, não faz idéia de como se mia.

domingo, 13 de dezembro de 2009

sexo

Na boa,
vocês sabem por que as pessoas são muito dependentes do sexo
hoje em dia?

Um passarinho me contou...

Segundo Jung,
a mente está muito mais a frente do corpo.

Segundo o passarinho,
a mente sai pra passear com o corpo,
como costumamos passear com um cão,
para satisfazer seu tanque de c0ombustível alheio
e imperecível;

*enquanto na guia
o corpo deseja ser tão grande quanto o "dono",
precisa de massa,
mais massa, mais corpo,
precisa de sexo.

Quanto mais idéias, mais ideologias,
a genialidade masturba.

*Quanto mais navega a mente neste mundo ofusco,
mais sexo o corpo necessita,
mais calor para se comparar à altura do dono.

Enquanto a mente foge pras estrelas,
o corpo pula numa tacada só
em direção ao mesmo
numa jornada,
nesta jorrada de gozo espontânea

Marcelo cucco

A Rainha

A rainha negra esta sangrando sozinha no chão do castelo inimigo. Um rasgo em sua barriga feita por um dos membros da cavalaria inimiga a deixou em seu estado terminal. Agora ela espera a morte chegar, enquanto assiste seu império ruir nas mãos de seu rei.

Tal rei é um indigno, durante toda a guerra, se escondeu na torre e ficou a observar seus peões morrendo um a um, seu exercito agora não passava do clero e da cavalaria e uns poucos remanescentes, que davam duro para proteger seu amado líder.

Mas um dos jovens recrutas estava longe, muito além do campo de batalha, estava do outro lado do tabuleiro. A rainha em seu leito de morte se surpreende ao ver a mulher armada que abre a porta do castelo, destruindo uma das torres. Os olhos da antiga rainha se enchem d água, ela vê a salvação para o seu reino, ao mesmo tempo que reconhece que seu tempo acabara.

A pioneira chegou do outro lado. E em seu último ato de nobreza, se leventou o coroou a misteriosa mulher que sozinha, passo a passo, rendeu o rei inimigo e por fim salvou o reinado negro.

O reinado negro hoje prospera com grande força. Suas peças opacas só querem saber de resolver suas próprias vidas e deixar o rei indigno cuidar das coisas que ele nunca cuidou direito.

Mas a nova rainha brilha com toda a força. E no centro da cidade foi construída uma estátua de pedra com sua imagem, para eternalizar-la na lembrança de todos os membros do reino negro.

Ortlieb, Tieê

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

poesia para o meu irmão menor

Se todos nós fizéssemos o que queremos.
viveríamos num universo completamente novo.
mais livre e com certeza mais justo.
Mas porque nada é feito?
Mas porque nos cobramos fazer coisas que não nos agradam?
porque temos que comer ao meio dia e dormir a meia noite?
Porque precisamos de muito dinheiro?
porque precisamos comer da carne todo dia?
Porque estão tão rígidos?
porque a inocência ta morrendo tão cedo?
porque?
estão esperando o que?
um milagre divino?
uma escada para o céu?

Suba uma alta montanha em um dia de chuva.

você vai achar o caminho para se unir ao cosmo

o caminho para o seu céu.

pois um raio vai partir a sua cabeça

seguido de um som:

TAIANNNNNN

O peru do natal


O PERU!
A ave típica das americas
foi encomendada pelo papai noel,
aquele velho torto e tosco,
para alegrar nossas deliciosas fanfarras na ceita de natal.

Todos bebem, todos riem!
A Canabis Sativa caiu na ceia por intermédio dos astros...
Todos fodem, todos gozam
E a esbórnia peluda requer mais atenção.

O mundo para para contemplar o natal
E a vida foge dos nossos olhos
Procurando coerência na matéria percápita
que ilude o momento

É NATAL, É NATAL!!!
Vamos dançar e festejar

A coxa do peru que embrulha os meus desejos
Esfola a tona o meu estômago sem ter o seu sabor
E ainda viso pegar no seu peito,
que delícia!

A coca-cola anunciou
Junte tantas incertas tampinhas
e troque por um momento lúdico
De paz, amor, harmonia, família e amizade

Natal, natal, natal...
Com coca-cola é bem legal
Fazer esta fanfarra absoluta
Onde todos os perdidos unidos
Não convencem os astros.


Tiê S. Ortlieb, Marcelo Cucco

Peru de natal, Sérgio Danilo Pena

O peru de Natal e a ciência

Em espírito festivo, Sergio Pena discute as confusões taxonômicas a que está sujeita essa ave e, a partir de uma parábola natalina, convida seus leitores a se espelharem no filósofo cético David Hume.

Por: Sergio Danilo Pena

Publicado em 11/12/2009 | Atualizado em 11/12/2009

O peru de Natal e a ciência

‘Meleagris galloparvo’, o nosso peru doméstico, que no passado habitava as florestas dos Estados Unidos e México (foto: Wikimedia Commons).

Está chegando mais um Natal. É época de comer peru!

De fato, a ave tornou-se para nós um dos elementos mais importantes dos festejos de fim de ano, um verdadeiro ícone.

Em seu famoso conto “Peru de Natal” (que inspirou o título dessa coluna), o literato paulista Mário de Andrade (1893-1945) descreve com precisão uma ceia de sua adolescência: “O único morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso”.

Hoje, falaremos de diferentes aspectos do peru.

Uma confusão de nomes

O peru tem tido sérios problemas de identidade ao longo dos séculos. De fato, o nome é dado a uma ou outra de duas espécies de grandes aves selvagens do gêneroMeleagris nas Américas. Uma das espécies (Meleagris gallopavo), chamada de peru selvagem no seu estado natural nas florestas dos Estados Unidos e México, foi domesticada pelos astecas muito antes da chegada de Colombo e constitui o nosso contemporâneo peru de Natal. A outra espécie, Meleagris ocellata, é indígena da península de Iucatã e América Central e nunca foi domesticada.

Os perus são vítimas de grande confusão taxonômica e terminológica

Com a chegada dos europeus às Américas, os perus passaram a ser vítimas de grande confusão taxonômica e terminológica. Primeiro eles foram incorretamente identificados como sendo uma espécie de galinha d’angola (Numida meleagris) que, em inglês, é chamada de guinea fowl ou turkey-cock. Esse último nome veio do fato de que, na Inglaterra, as galinhas d’angola eram importadas através da Turquia (“Turkey”). O nome desse país passou então a ser metonimicamente empregado para designar a nova ave encontrada nas Américas. A confusão é refletida no fato de que o gênero taxonômico do peru – Meleagris – quer dizer galinha d’angola em grego.

Em outras línguas, são mais comuns referências à Índia. Isso provavelmente se deve à confusão das Américas com a Índia, que remonta a Colombo, e também a uma tendência a dar nomes de terras estrangeiras e longínquas a animais igualmente exóticos. E para os Europeus as Índias, a Turquia e a Guiné, na África, eram nomes genéricos para lugares similarmente exóticos. Assim, por exemplo, o mamífero sul-americano que chamamos em português de porquinho-da-índia (Cavia porcellus) é chamado de guinea pig pelos ingleses.

Dessa maneira, em turco, o peru é chamado de hindi que quer dizer "vindo da Índia". De forma similar temos o francês dinde ("da Índia"), o hebraico tarnegol hodu (תרנגול הודו), que literalmente significa “galinha indiana”, e o russo indiuk (индюк), que também se refere à Índia. A palavra em holandês é kalkoen, derivada da cidade de Calicute na Índia – o mesmo ocorre em dinamarquês, norueguês e sueco.

De forma curiosa, em grego o peru é gallopoula que significa "ave francesa" e no gálico escocês é cearc frangais, ou seja, "galinha francesa".

Aparentemente o nome peru que utilizamos em português vem do país Peru que, por sua vez, deriva da palavra Piruw, do quéchua, a língua dos Incas. Era de lá que a ave era exportada para Portugal. Em espanhol é diferente: pavo salvaje, também chamado mais simplesmente pavo, ou pisca, chumpipe, guajolote ou guanajo.

A parábola dos perus e o pensamento indutivo

Charge - perus de natal
Um peru cético questiona as ilusões indutivas de seus colegas quanto à benevolência do fazendeiro (arte: CartoonStock).

Era uma vez uma fazenda onde eram criados perus. Um deles comentou um dia: “Como o nosso fazendeiro é bom! Todo dia ele nos alimenta sem falta”. Os outros perus concordaram, adicionando: “Realmente ele vem nos alimentando fielmente desde o tempo em que saímos do ovo”. E toda a peruzada alegremente fazia glu-glu, elogiando a benevolência do fazendeiro.

Mas havia um peru, inteligente e excêntrico, que contrariava a todos dizendo: “Como vocês sabem que ele é tão bom assim? No Natal passado, alguns dos nossos colegas mais rechonchudos foram tirados daqui e nunca mais os vimos. O que aconteceu com eles?”

Mas na manhã seguinte o fazendeiro retornou como de costume e alimentou fartamente todos os perus. Eles comeram com satisfação, dizendo ao colega criador de caso: “Está vendo? Não há nada para se preocupar. O fazendeiro até nos deu comida extra, o que quer dizer que nos ama. Ele é um bom homem!”

Então chegou dezembro. Todos os perus foram colocados em uma camionete e levados para o matadouro.

Moral da estória: Você nunca pode prever o futuro a partir de experiências passadas!

Bertrand Russell
Bertrand Russell, lógico e matemático inglês que ganhou o Nobel de Literatura em 1950 (foto: Fundação Nobel).

Essa estória ilustra bem “o problema da indução” e é derivada do Capítulo IV (On Induction) do livro Os problemas da filosofia, do lógico inglês Bertrand Russell (1872-1970), que ganhou o Nobel de Literatura em 1950. Russell usa galinhas em seu exemplo, mas o mesmo funciona igualmente bem com os nossos perus. Afinal, como diz um provérbio português: “Galinha e peru, tudo é um”.

O problema da indução

Vamos agora trazer essa discussão para a esfera humana, usando outro exemplo de Bertrand Russell. Ele pergunta se alguém tem a menor dúvida de que o Sol vai nascer amanhã. É claro que ninguém duvida disso. Por que não?

Vamos sempre dizer que o Sol nascerá amanhã, porque nasceu fielmente todos os dias desde que a humanidade apareceu. Podemos até tentar justificar nossa posição citando as leis newtonianas de rotação e translação dos corpos celestes etc.

Como podemos ter certeza que as leis da física continuarão a vigorar amanhã?

Mas a questão é muito mais básica e profunda: como podemos ter certeza que as leis da física continuarão a vigorar amanhã? Podemos dizer que há uma alta probabilidade de isso ocorrer, mas não podemos ter certeza.

Esse é o problema da indução que, pela sua complexidade, não poderemos discutir de maneira mais completa nesta singela coluna. Convido o leitor a consultar outras fontes, como, por exemplo, a Enciclopédia de Filosofia de Stanford, disponível gratuitamente na internet.

David Hume
David Hume (1711-1776), filósofo escocês, cético, guia intelectual dos cientistas críticos, retratado pelo pintor escocês Allan Ramsay (1713–1784).

Mas um nome que emerge como central nessa discussão é o do filósofo escocês David Hume (1711-1776), que mostrou que a indução não pode ser racionalmente justificada. O argumento é simples: como a indução não é um método à prova de erros – mesmo induções perfeitas podem conduzir a falsidades (como demonstrado na parábola dos perus) –, não se pode justificar a indução usando um raciocínio dedutivo. Por outro lado, seria circular tentar justificar a indução usando a própria indução.

Tal posição cética de Hume tem consequências drásticas para nós. Como diz Russell, o objetivo da ciência é exibir relações causais em termos de um sistema dedutivo onde efeitos seguem as causas, assim como as conclusões de argumentos válidos seguem necessariamente de suas premissas. Nisso a ciência é campeã e seus feitos fantásticos estão por toda parte.

A premissa mais elementar da ciência é fundamentalmente indutiva e não pode ser logicamente validada

Mas o que Hume está dizendo é que a premissa mais básica e elementar da ciência – de que as leis da natureza permanecerão constantes no futuro – é fundamentalmente indutiva e não pode ser logicamente validada.

Ceticismo no dia a dia

O ceticismo de Hume pode parecer paralisante. Mas não é. Nós, os cientistas, não somos obrigados praticar a experimentação seguindo os filósofos. Pelo contrário, são os filósofos da ciência que têm de explicar como e por que os cientistas empíricos são tão bem sucedidos na prática.

É interessante ver como Hume lidava com o seu próprio ceticismo. Em seu livro Tratado da natureza humana, ele descreve como jantava e jogava cartas com seus amigos para “dispersar as nuvens de ceticismo”, se curar da “melancolia e delírio filosófico” e “obliterar as quimeras que a reflexão abstrata o levou a inventar”. E ele descreve que quando, após três a quatro horas de divertimento com seus amigos, ele voltava à suas especulações, elas lhe pareciam tão forçadas e ridículas que ele não tinha vontade de continuar nelas.

Sigamos o exemplo de Hume. Nesse Natal vamos nos reunir com amigos e esquecer a filosofia em uma boa ceia, com um bom vinho e, sobretudo um saboroso peru.

Boas festas para todos!

Peru de natal, mário de Andrade

O Peru de Natal

Mário de Andrade



O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de conseqüências decisivas para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, de uma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres.

Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto mínimo da família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a idéia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou foram lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto.

Foi decerto por isto que me nasceu, esta sim, espontaneamente, a idéia de fazer uma das minhas chamadas "loucuras". Essa fora aliás, e desde muito cedo, a minha esplêndida conquista contra o ambiente familiar. Desde cedinho, desde os tempos de ginásio, em que arranjava regularmente uma reprovação todos os anos; desde o beijo às escondidas, numa prima, aos dez anos, descoberto por Tia Velha, uma detestável de tia; e principalmente desde as lições que dei ou recebi, não sei, de uma criada de parentes: eu consegui no reformatório do lar e na vasta parentagem, a fama conciliatória de "louco". "É doido, coitado!" falavam. Meus pais falavam com certa tristeza condescendente, o resto da parentagem buscando exemplo para os filhos e provavelmente com aquele prazer dos que se convencem de alguma superioridade. Não tinham doidos entre os filhos. Pois foi o que me salvou, essa fama. Fiz tudo o que a vida me apresentou e o meu ser exigia para se realizar com integridade. E me deixaram fazer tudo, porque eu era doido, coitado. Resultou disso uma existência sem complexos, de que não posso me queixar um nada.

Era costume sempre, na família, a ceia de Natal. Ceia reles, já se imagina: ceia tipo meu pai, castanhas, figos, passas, depois da Missa do Galo. Empanturrados de amêndoas e nozes (quanto discutimos os três manos por causa dos quebra-nozes...), empanturrados de castanhas e monotonias, a gente se abraçava e ia pra cama. Foi lembrando isso que arrebentei com uma das minhas "loucuras":

— Bom, no Natal, quero comer peru.

Houve um desses espantos que ninguém não imagina. Logo minha tia solteirona e santa, que morava conosco, advertiu que não podíamos convidar ninguém por causa do luto.

— Mas quem falou de convidar ninguém! essa mania... Quando é que a gente já comeu peru em nossa vida! Peru aqui em casa é prato de festa, vem toda essa parentada do diabo...

— Meu filho, não fale assim...

— Pois falo, pronto!

E descarreguei minha gelada indiferença pela nossa parentagem infinita, diz-que vinda de bandeirantes, que bem me importa! Era mesmo o momento pra desenvolver minha teoria de doido, coitado, não perdi a ocasião. Me deu de sopetão uma ternura imensa por mamãe e titia, minhas duas mães, três com minha irmã, as três mães que sempre me divinizaram a vida. Era sempre aquilo: vinha aniversário de alguém e só então faziam peru naquela casa. Peru era prato de festa: uma imundície de parentes já preparados pela tradição, invadiam a casa por causa do peru, das empadinhas e dos doces. Minhas três mães, três dias antes já não sabiam da vida senão trabalhar, trabalhar no preparo de doces e frios finíssimos de bem feitos, a parentagem devorava tudo e ainda levava embrulhinhos pros que não tinham podido vir. As minhas três mães mal podiam de exaustas. Do peru, só no enterro dos ossos, no dia seguinte, é que mamãe com titia ainda provavam num naco de perna, vago, escuro, perdido no arroz alvo. E isso mesmo era mamãe quem servia, catava tudo pro velho e pros filhos. Na verdade ninguém sabia de fato o que era peru em nossa casa, peru resto de festa.

Não, não se convidava ninguém, era um peru pra nós, cinco pessoas. E havia de ser com duas farofas, a gorda com os miúdos, e a seca, douradinha, com bastante manteiga. Queria o papo recheado só com a farofa gorda, em que havíamos de ajuntar ameixa preta, nozes e um cálice de xerez, como aprendera na casa da Rose, muito minha companheira. Está claro que omiti onde aprendera a receita, mas todos desconfiaram. E ficaram logo naquele ar de incenso assoprado, se não seria tentação do Dianho aproveitar receita tão gostosa. E cerveja bem gelada, eu garantia quase gritando. É certo que com meus "gostos", já bastante afinados fora do lar, pensei primeiro num vinho bom, completamente francês. Mas a ternura por mamãe venceu o doido, mamãe adorava cerveja.

Quando acabei meus projetos, notei bem, todos estavam felicíssimos, num desejo danado de fazer aquela loucura em que eu estourara. Bem que sabiam, era loucura sim, mas todos se faziam imaginar que eu sozinho é que estava desejando muito aquilo e havia jeito fácil de empurrarem pra cima de mim a... culpa de seus desejos enormes. Sorriam se entreolhando, tímidos como pombas desgarradas, até que minha irmã resolveu o consentimento geral:

É louco mesmo!...

Comprou-se o peru, fez-se o peru, etc. E depois de uma Missa do Galo bem mal rezada, se deu o nosso mais maravilhoso Natal. Fora engraçado:assim que me lembrara de que finalmente ia fazer mamãe comer peru, não fizera outra coisa aqueles dias que pensar nela, sentir ternura por ela, amar minha velhinha adorada. E meus manos também, estavam no mesmo ritmo violento de amor, todos dominados pela felicidade nova que o peru vinha imprimindo na família. De modo que, ainda disfarçando as coisas, deixei muito sossegado que mamãe cortasse todo o peito do peru. Um momento aliás, ela parou, feito fatias um dos lados do peito da ave, não resistindo àquelas leis de economia que sempre a tinham entorpecido numa quase pobreza sem razão.

— Não senhora, corte inteiro! Só eu como tudo isso!

Era mentira. O amor familiar estava por tal forma incandescente em mim, que até era capaz de comer pouco, só-pra que os outros quatro comessem demais. E o diapasão dos outros era o mesmo. Aquele peru comido a sós, redescobria em cada um o que a quotidianidade abafara por completo, amor, paixão de mãe, paixão de filhos. Deus me perdoe mas estou pensando em Jesus... Naquela casa de burgueses bem modestos, estava se realizando um milagre digno do Natal de um Deus. O peito do peru ficou inteiramente reduzido a fatias amplas.

— Eu que sirvo!

"É louco, mesmo" pois por que havia de servir, se sempre mamãe servira naquela casa! Entre risos, os grandes pratos cheios foram passados pra mim e principiei uma distribuição heróica, enquanto mandava meu mano servir a cerveja. Tomei conta logo de um pedaço admirável da "casca", cheio de gordura e pus no prato. E depois vastas fatias brancas. A voz severizada de mamãe cortou o espaço angustiado com que todos aspiravam pela sua parte no peru:

— Se lembre de seus manos, Juca!

Quando que ela havia de imaginar, a pobre! que aquele era o prato dela, da Mãe, da minha amiga maltratada, que sabia da Rose, que sabia meus crimes, a que eu só lembrava de comunicar o que fazia sofrer! O prato ficou sublime.

Mamãe, este é o da senhora! Não! não passe não!

Foi quando ela não pode mais com tanta comoção e principiou chorando. Minha tia também, logo percebendo que o novo prato sublime seria o dela, entrou no refrão das lágrimas. E minha irmã, que jamais viu lágrima sem abrir a torneirinha também, se esparramou no choro. Então principiei dizendo muitos desaforos pra não chorar também, tinha dezenove anos...
Diabo de família besta que via peru e chorava! coisas assim. Todos se esforçavam por sorrir, mas agora é que a alegria se tornara impossível. É que o pranto evocara por associação a imagem indesejável de meu pai morto. Meu pai, com sua figura cinzenta, vinha pra sempre estragar nosso Natal, fiquei danado.

Bom, principiou-se a comer em silêncio, lutuosos, e o peru estava perfeito. A carne mansa, de um tecido muito tênue boiava fagueira entre os sabores das farofas e do presunto, de vez em quando ferida, inquietada e redesejada, pela intervenção mais violenta da ameixa preta e o estorvo petulante dos pedacinhos de noz. Mas papai sentado ali, gigantesco, incompleto, uma censura, uma chaga, uma incapacidade. E o peru, estava tão gostoso, mamãe por fim sabendo que peru era manjar mesmo digno do Jesusinho nascido.

Principiou uma luta baixa entre o peru e o vulto de papai. Imaginei que gabar o peru era fortalecê-lo na luta, e, está claro, eu tomara decididamente o partido do peru. Mas os defuntos têm meios visguentos, muito hipócritas de vencer: nem bem gabei o peru que a imagem de papai cresceu vitoriosa, insuportavelmente obstruidora.

— Só falta seu pai...

Eu nem comia, nem podia mais gostar daquele peru perfeito, tanto que me interessava aquela luta entre os dois mortos. Cheguei a odiar papai. E nem sei que inspiração genial, de repente me tornou hipócrita e político. Naquele instante que hoje me parece decisivo da nossa família, tomei aparentemente o partido de meu pai. Fingi, triste:

— É mesmo... Mas papai, que queria tanto bem a gente, que morreu de tanto trabalhar pra nós, papai lá no céu há de estar contente... (hesitei, mas resolvi não mencionar mais o peru) contente de ver nós todos reunidos em família.

E todos principiaram muito calmos, falando de papai. A imagem dele foi diminuindo, diminuindo e virou uma estrelinha brilhante do céu. Agora todos comiam o peru com sensualidade, porque papai fora muito bom, sempre se sacrificara tanto por nós, fora um santo que "vocês, meus filhos, nunca poderão pagar o que devem a seu pai", um santo. Papai virara santo, uma contemplação agradável, uma inestorvável estrelinha do céu. Não prejudicava mais ninguém, puro objeto de contemplação suave. O único morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso.

Minha mãe, minha tia, nós, todos alagados de felicidade. Ia escrever «felicidade gustativa», mas não era só isso não. Era uma felicidade maiúscula, um amor de todos, um esquecimento de outros parentescos distraidores do grande amor familiar. E foi, sei que foi aquele primeiro peru comido no recesso da família, o início de um amor novo, reacomodado, mais completo, mais rico e inventivo, mais complacente e cuidadoso de si. Nasceu de então uma felicidade familiar pra nós que, não sou exclusivista, alguns a terão assim grande, porém mais intensa que a nossa me é impossível conceber.

Mamãe comeu tanto peru que um momento imaginei, aquilo podia lhe fazer mal. Mas logo pensei: ah, que faça! mesmo que ela morra, mas pelo menos que uma vez na vida coma peru de verdade!

A tamanha falta de egoísmo me transportara o nosso infinito amor... Depois vieram umas uvas leves e uns doces, que lá na minha terra levam o nome de "bem-casados". Mas nem mesmo este nome perigoso se associou à lembrança de meu pai, que o peru já convertera em dignidade, em coisa certa, em culto puro de contemplação.


Levantamos. Eram quase duas horas, todos alegres, bambeados por duas garrafas de cerveja. Todos iam deitar, dormir ou mexer na cama, pouco importa, porque é bom uma insônia feliz. O diabo é que a Rose, católica antes de ser Rose, prometera me esperar com uma champanha. Pra poder sair, menti, falei que ia a uma festa de amigo, beijei mamãe e pisquei pra ela, modo de contar onde é que ia e fazê-la sofrer seu bocado. As outras duas mulheres beijei sem piscar. E agora, Rose!...


Mário de Andrade
(1893-1945), nasceu em São Paulo, mostrando desde cedo inclinação pela música e literatura. Seu interesse pelas artes levou-o a realizar em São Paulo, de parceria com Oswald de Andrade, a Semana de Arte Moderna, que rasgou novas perspectivas para a cultura brasileira. Sua obra, essencialmente brasileira, reflete um nacionalismo humanista, que nada tem de místico e abstrato. "Macunaíma", baseada em temas folclóricos é, geralmente, considerada a sua obra-prima.


O texto acima foi extraído do livro "
Nós e o Natal", Artes Gráficas Gomes de Souza, Rio de Janeiro, 1964, pág. 23.
.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O palhaço do circo sem futuro

era um palhaço de um circo sem futuro:

Ele se formou em outra coisa, nunca dizia no que o pai trabalhava. Até que um dia, recebe a noticia que o pai esta no leito de morte. AI ele vai la, entra no quarto, tira o palito, tira a gravata, se ajoelha e diz:

"PAI, me ensina a ser palhaço!!"

"PAI! Me ensina a ser palhaço!!!"

"PAI! ME ENSINA A SER PALHAÇO!!"

"Isso não se ensina seu bosta"



Sou palhaço do circo sem futuro
Um sorriso pintado a noite inteira
O cinema do fogo
Numa tarde embalada de poeira
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo
(Palhaçada)
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo
(Palhaçada)

Sou palhaço do circo sem futuro
Um sorriso pintado a noite inteira
O cinema do fogo
Numa tarde embalada de poeira
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo
(Palhaçada)
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo pegando fogo
Circo
(Palhaçada)

Cordel do fogo encantado

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

a comparação com animais


É uma tradição em quase todas as tribos indígenas dar nome de animais aos filhos. Isso não é uma escolha trivial, o nome dado corresponde com uma expectativa que é dada ao filho.

Como mostra o filme apocalypto, o homem primitivo se prende ao significado do seu nome e tira disso inspirarão para suas atitudes. No filme, o guerreiro "garra de jaguar", enquanto foge de seus caçadores se lembra que esta em sua floresta e lembra de seu nome, nesse momento se enche de coragem e começa a combater além de fugir.


A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida por jaguar ou jaguaretê, é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani "jaguarete". Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.

A onça-pintada é uma excelente caçadora. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes como antas, capivaras, queixadas, tamanduás e até mesmo jacarés. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jibóias e sucuris), em situações extremas. Na Venezuela foram registrados casos de onças a devorar sucuris adultas. Enquanto os outros grandes felinos matam suas vítimas, mordendo-as no pescoço, a onça o faz atacando-as diretamente na cervical, graças a suas mandíbulas poderosas, as mais fortes de todos os felinos e a segunda mais forte entre os carnívoros terrestres. Esses felinos frequentemente matam animais como a capivara e pequenos macacos mordendo lhes o crânio, sendo o único felino a fazer isto. A mordida de uma onça pode facilmente atravessar o casco de uma tartaruga. Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece.

"garras de jaguar" então é um nome fortíssimo, pois tal criatura tem muita força nas patas e as usa para o conflito.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Os signos e o homem

é muito saudável a fé em signos. Nos ajuda a compreendernos, por mais que seja tudo balela de astrólogo, nos norteia nesse mar de perdição que é a vida moderna.


Áries

Personalidade: Impulsivo, enérgico, ativo, descontrolado,
egoísta e impaciente.
Elemento: Fogo, cardinal.
Parte do corpo: Cabeça.
Estação do ano: Outono (hemisfério sul) Primavera (hemisfério norte).
Planeta regente: Marte - impulso, energia.
Incensos: Almíscar, ópium.
Pedras: Granada e rubi - força, cura, alegria e proteção.

Touro

Personalidade: Prático, seguro, riqueza, avarento, inerte e teimoso.
Elemento: Terra, fixo.
Partes do corpo: Garganta e boca.
Estação do ano: Meio da primavera no hemisfério norte.
Planeta regente: Vênus - afeto, senso de valores.
Incensos: Eucalipto, pinho, cravo.
Pedra: Jade - amor, cura, sabedoria.

Gêmeos

Personalidade: Comunicativo, informado, curioso e inconstante.
Elemento Ar, mutável.
Partes do corpo: Mãos, braços, pulmões e sistema respiratório.
Estação do ano: Fim da primavera no hemisfério norte.
Planeta regente: Mercúrio - capacidade de raciocínio, comunicação, mente.
Incensos: Alecrim, jasmim.
Pedra: Ágata - vigor, amor, longevidade.

Câncer

Personalidade: Protetor, familiar, tímido e defensivo.
Elemento: Água, cardinal.
Partes do corpo: Seios, estômago.
Estação do ano: Começo do verão no hemisfério norte
e começo do inverno no hemisfério sul.
Planeta regente: Lua - emoções, instintos, princípio feminino.
Incensos: Alfazema, violeta.
Pedra: Safira.

Leão

Personalidade: Forte, líder, criativo, orgulhoso e centralizador.
Elemento: Fogo, fixo.
Partes do corpo: Olhos, coração.
Estação do ano: Meio do verão no hemisfério norte.
Planeta regente: Sol - ser interior, ego, personalidade.
Incensos: Sândalo e almíscar.
Pedra: Topázio - inspiração e calma.

Virgem

Personalidade: Observador, trabalhador, analítico e tímido.
Elemento: Terra, mutável.
Partes do corpo: Intestino, abdômen.
Estação do ano: Fim do verão no hemisfério norte.
Planeta regente: Mercúrio - comunicação, mente analítica.
Incensos: Benjoim, rosa.
Pedra: Ametista - coragem, paz, sonho.

Libra

Personalidade: Sociável, equilibrado, idealista, contraditório,
competidor e oportunista.
Elemento: Ar, cardinal.
Parte do corpo: Rins.
Estação do ano: Começo da primavera no hemisfério sul e outono no hemisfério norte.
Planeta regente: Vênus - valores, afeto.
Incensos: Benjoim, rosa.
Pedra: Ametista - coragem, paz, sonho.

Escorpião

Personalidade: Regenerador, obstinado, investigador e vingador.
Elemento: Água, fixo.
Parte do corpo: Órgãos genitais.
Estação do ano: Meio do outono.
Planeta regente: Plutão - impulso reformado, impulso destrutivo.
Incenso: Eucalipto.
Pedra: Kunzita - paz, relaxamento

Sagitário

Personalidade: Otimista, aventureiro, expansivo, imprudente,
exagerado e inconstante.
Elemento: Fogo, mutável.
Partes do corpo: Coxas, fígado.
Estação do ano: Fim do outono no hemisfério norte.
Planeta regente: Júpiter - princípio da expansão.
Incensos: Canela, rosa.
Pedra: Ametista - psiquismo, coragem.

Capricórnio

Personalidade: Realizador, autoritário, frio e melancólico.
Elemento: Terra, cardinal.
Parte do corpo: Ossos, esqueleto.
Estação do ano: Começo do inverno no hemisfério norte.
Planeta regente: Saturno - princípio do aprendizado.
Incenso: Lótus.
Pedra: Ônix - proteção, força.

Aquário

Personalidade: Liberto, original, altruísta, rebelde, agitador, excêntrico.
Elemento: Ar, fixo.
Parte do corpo: Pernas, sistema circulatório.
Estação do ano: Meio do inverno no hemisfério norte.
Planeta regente: Urano - impulso de liberdade, ruptura de tradições.
Incenso: Flores do campo.
Pedra: Água-marinha - purificação, coragem, paz.

Peixes

Personalidade: Sensível, intuitivo, recluso e utópico.
Elemento: Água, mutável.
Partes do corpo: Extremidades, pés.
Estação do ano: Fim do inverno no hemisfério norte.
Planeta regente: Netuno - escapismo, desejo de iludir, intuição.
Incenso: Alfazema.
Pedra: Sugilita.

a prática da Psicanálise indígena

O intuito maior da nova corrente é a definição do EU. Todos temos uma personalidade rígida, que por mais que tentamos mudar, voltamos a ela. Cada um de nós tem um SER maior que os outros seres que somos. Nós temos um "self" como disse Jung.

Então, a terapia será focada nessa auto-definição, atrelada a velhas tradições indígenas e asiáticas. Definição do significado dos nomes, comparação com animais e cantos de mantras tradicionais asiáticos e mantras indígenas. Com aquelas danças ritmadas das tribos brasileiras, e aqueles berros esganiçados das tradições dos índios norte americanos.

O som não precisa ser esganiçado, vou pedir para que os pacientes cantem com sua própria voz. Para a libertação do próprio ser.
o que tem de gente por ai cantando com a voz de outros não é pouca coisa. Uma voz falsa, uma voz forçada, para esconder alguma coisa profunda. Isso gera dor.


Então aflorem os seus seres, amem os que te amam e sejam vocês mesmo que tudo vai dar certo.



"No fim tem o infinito."

Rap core

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Manifesto da
Psicanálise Indígena

Pontos a serem abordados e princípios básicos.

Vamos falar então sobre a psicologia usada pelos curandeiros das tradições indígenas

O homem essencialmente político
A política essencialmente Bela

O homem é natureza. É uma seqüela de idade média pensar que de alguma forma somos separados do natural. Ao mesmo tempo é errado pensar que somos superiores, iguais ou diferentes dos animais.

O ser humano alcançou a superioridade intelectual absoluta no reino terrestre, nós conseguimos imitar a natureza em tudo. Mas é importante lembrar que são só imitações. E hoje vivemos em uma sociedade em que as imitações estão cada vez mais bem feitas e parecidas com o real.


O ser humano esta tão cheio de si.

“tão egoísta” falando em psicanálise freudiana.

Com o Self tão rígido, falando em psicanálise junguiana.

Com a “postura tão rígida” falando na abordagem corporal Reichiana

Com o pensamento tão “coerente” falando na abordagem humanista

Tão imediatista na resposta a estímulos, falando na abordagem behaviorista

Tão envolvido nos processos mentais superiores, falando na abordagem cognitivista


A própria linguagem da psicanálise freudiana denuncia sua perda de função. O incrível é que ainda funciona. Mas ele nomeia a expressão como sexualidade, o pensamento como ego e os pensamentos e normas da sociedade, a couraça sociológica segundo reich, como super ego.

Estamos falando de um homem profundamente Judeu, que apesar de quebrar vários Tabus para a época dele, falando de sexualidade infantil, denunciando os complexos dos homens e das mulheres que existem até hoje, a sua teoria já está mais do que ultrapassada. Na época dele: fumar cigarros era moda, maconha era coisa de intelectual e cocaína era remédio prescrito.


Hoje, aqui no Brasil, vivemos um caos de informação. Ninguém mais sabe o que está certo e o que está errado. Não existem mais moçinhos e moçinhas no cinema. Os jovens não sabem mais o que é droga e o que é remédio. Não sabem mais se são homens ou mulheres. Os poucos que tem algum tipo de discernimento são fanáticos por futibol, por sexo, ou por drogas. O que isso significa?

Faltam-nos signos. Precisamos ter fé de que somos alguma coisa, por que quem não é alguma coisa não é nada. As pessoas precisam se expressar mais. A sociedade imediatista e midiática gera revolucionários de sofá e conformados cegos e surdos. Hoje em dia, tem mais razão quem bate mais forte o pé no chão.

Para além disso, a razão cartesiana também perdeu a função. O dualismo de certo e errado não existe mais. Os grandes líderes e os grandes pensadores modernos sabem que não existem bem nem mal. Existe fé e descrença.

O problema é que, esses mesmos indivíduos que sabem que não existem bem nem mal, acreditam com muita convicção num bem maior. Geralmente é a igreja. E mais geralmente é uma igreja que pede fama e fortuna. Isso não tem como continuar dando certo.

Nós já exterminamos milhares de espécies de plantas, animais, fungos. Milhares de etnias, milhares de movimentos e milhares de sonhos.

Agora aquele que gosta de se expressar é aconselhado a fazer faculdade de “artes”. Aquele que tem tato com pessoas, ou aquele que tem uma forte logística é aconselhado a fazer faculdade de psicologia. Aquele que é muito bonito é aconselhado que seja modelo.

E aquele que é feio mas quer ser um modelo? Ou aquele que tem dificuldades de expressão e quer ser artista? Ou aquele que busca apenas a compreensão maior de tudo?
E o dom natural? Isso existe?

Já vivemos na época em que nenhuma teoria é válida, nenhuma teoria tem “fundamentos concretos”.

Não existem fundamentos concretos. a verdade nasce da convenção. Se todos concordam então é real.Isso gera os pré-conceitos. Pré-conceito é quando se aplica alguma ciência sem fundamentos claros.

A sabedoria religiosa, a sabedoria do povo e principalmente a sabedoria indígena, aplicados por meio da psicologia podem trazer muito bem a essa sociedade que está cada vez mais estúpida.

E a religião indígena tem princípios muito parecidos com os princípios das religiões asiáticas. Do povo Indu, dos Yoga, dos Zen, entre muitas outras etnias. Se trata de mantras e comparações simples para uma vida mais confortável. Para aceitar como se é e buscar um porque do porque se é.


A palavra indígena vem de “proveniente da índia”, os europeus, na época em que se julgavam superiores ás outras etnias creram que tinham chegado nas índias. Porque a terra era parecida. Fértil e perigoso. Assim como é o mundo, assim como é a vida moderna.



























Alguns textos científicos tirados do site da revista Ciência Hoje:

universo acelerado sem energia escura?
Novo modelo dispensa existência desse misterioso elemento para explicar aceleração do cosmos

Há cerca de 10 anos, resultados baseados nas observações de estrelas que chegavam ao final da vida mostraram que o universo não só estava se expandindo, mas fazia isso de modo acelerado. Foi uma descoberta classificada como revolucionária. Esses resultados levaram boa parte dos cosmólogos a admitir que cerca de 70% do universo eram formados pela chamada energia escura, cuja natureza ainda é desconhecida. De lá para cá, muita pesquisa foi feita sobre o assunto.

Agora, dois pesquisadores norte-americanos apresentam um modelo de universo acelerado que dispensa a existência dessa misteriosa forma de energia. Os resultados foram publicados na Proceedings of the National Academy of Sciences.




A observação de que o universo está em expansão, feita pelo astrônomo norte-americano Edwin Hubble (1889-1953), em 1929, é considerada um dos principais marcos da história do pensamento humano. Esse resultado trouxe a cosmologia para o campo das ciências físicas: estavam confirmadas as surpreendentes previsões teóricas do cosmólogo russo Alexander Friedmann (1888-1925) realizadas sete anos antes, baseadas na teoria da relatividade geral, do físico de origem alemã Albert Einstein (1879-1955). Nelas, Friedmann sugeria a expansão do espaço tridimensional cosmológico, que carregaria consigo todas as galáxias nele inseridas – algo que espantou o próprio Einstein.

Hubble mediu também a velocidade com que o espaço se expandia. Desde então, as medidas dessa expansão foram sendo refinadas, e esperava-se que pudéssemos não só obter sua velocidade com maior precisão, mas também sua aceleração. O quadro na mente de todos os cosmólogos era o de um universo se expandindo devido à ocorrência de uma grande explosão no passado, mas que estivesse desacelerando devido à atração gravitacional existente entre os constituintes do universo: afinal, em nossa experiência cotidiana, percebemos que a força gravitacional entre a matéria usual é sempre atrativa.

Para medir essa aceleração (ou desaceleração, como se esperava), precisava-se medir o afastamento de galáxias muito mais distantes (e, portanto, mais afastadas no tempo, pois a luz que elas nos emitem demora mais para nos alcançar). Isso foi obtido por meio da observação, nessas galáxias, da ocorrência de supernovas (explosão altamente luminosa de estrelas bastante massivas no estágio final de sua evolução). O resultado dessa medida foi altamente surpreendente e primeiramente divulgado em 1998: o universo está se acelerando e não desacelerando!

A primeira explicação proposta para esse resultado foi sugerir a existência de um tipo de energia – dominante no universo atual e totalmente diferente daquela que estamos acostumados a observar – que exerceria uma força gravitacional repulsiva, causando essa aceleração. Como não podemos enxergar essa energia, deu-se a ela o nome de energia escura. Vários candidatos a energia escura foram propostos: constante cosmológica, quintessência, campo fantômico etc. Nenhum deles com motivação teórica convincente.

A seguir, pensou-se que a relatividade geral clássica estaria errada nas escalas de distância em que essa aceleração se observa. Foram, então, propostos vários tipos de generalização dessa teoria; a existência de dimensões espaciais, além das três que observamos; efeitos quânticos em larga escala etc. Essas modificações também parecem arbitrárias e, portanto, ainda pouco convincentes.

Finalmente, pensou-se em uma explicação mais conservadora, mas nem por isso menos desafiadora. Na verdade, não haveria problema algum com a relatividade geral, nem existiria energia escura. O problema estaria em assumir que o complexo universo no qual vivemos hoje possa ser representado, mesmo em largas escalas, por um modelo tão simples como o que Friedmann propôs: i) com uma distribuição homogênea de massa; ii) com as mesmas propriedades em todas as direções (ou, dito mais tecnicamente, isotrópico).

Devemos, então, procurar soluções mais elaboradas e complexas das equações da relatividade geral que levem em conta o fato de o universo não ser homogêneo hoje. É nessa linha de raciocínio que Blake Temple, da Universidade da Califórnia, e Joel Smoller, da Universidade de Michigan, também nos Estados Unidos, propuseram um conjunto de soluções das equações da relatividade geral que contém a solução de Friedmann como um caso particular – ou seja, a de um universo homogêneo e isotrópico. Os desdobramentos desses cálculos levaram a termos matemáticos suplementares nas equações propostas por Friedmann que induzem uma aparente aceleração do universo, sem a necessidade de nenhuma energia escura.

O trabalho de Temple e Smoller ocorre paralelamente a outras tentativas de investigar e explicar a aceleração do universo. Esse tipo de linha de investigação é recente e envolve um aprofundamento do estudo de certos aspectos das equações da relatividade geral até então pouco explorados, devido à grande complexidade matemática deles e à consequente dificuldade de aplicá-los à cosmologia.

Qual dessas abordagens poderá responder satisfatoriamente à questão levantada pela surpreendente observação de 1998?

Por enquanto, a hipótese mais investigada e aceita é a da existência da energia escura, pois indicações de sua existência aparecem indiretamente em dados observacionais relativos à radiação cósmica de fundo (um ‘eco’ do universo primordial) ou à evolução de estruturas no universo (galáxias, aglomerados de galáxias etc.).

A nova linha de investigação para a qual contribuiu o trabalho de Temple e Smoller vem atraindo vários cosmólogos, entre outras coisas por uma razão simples: sabe-se que o tempo que o universo levou para se acelerar não é muito diferente daquele que ele levou para formar suas grandes estruturas. E essa coincidência de escalas temporais, denominada coincidência cósmica, não aparece naturalmente nos modelos de universo em que a aceleração é explicada com base na energia escura. Entretanto, na linha de investigação de Temple e Smoller, essas escalas temporais são próximas, porque os novos termos matemáticos propostos – os que induzem a aceleração do universo – aparecem justamente por causa do surgimento dessas grandes estruturas: a coincidência cósmica estaria então naturalmente explicada.

Mas é preciso lembrar que abordagens como a de Temple e Smoller terão necessariamente que explicar dados observacionais relativos à radiação de fundo e à evolução de estruturas no universo. Ou seja, teoria e observação terão que coincidir.

De qualquer forma, o mistério envolvendo a observação de 1998 só poderá ser resolvido com muito trabalho teórico, para obter novas previsões, e com boa dose de esforço observacional, para testá-las, como o que será feito no projeto Dark Energy Survey, do qual participa o Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.


Assim caminhou a humanidade
Paleoantropólogos investigam origens dos seres humanos


O poeta matogrossense Manoel de Barros escreveu uma vez esta maravilha: “As coisas que não existem são mais bonitas.” Um exemplar elogio à fantasia e à invenção. A frase me veio à mente ao considerar como é instigante, e ao mesmo tempo difícil, o trabalho dos paleoantropólogos no esforço para decifrar as origens da humanidade.


Os ossos fósseis de Ardipithecus ramidus, reunidos por computação gráfica de modo a “reconstruir” o crânio de um indivíduo da espécie (imagem reproduzida de Suwa e colaboradores, Science, 2009).


Quem se interessa muito por ciência – e também quem se interessa pouco – deve ter acompanhado a grande repercussão que teve a publicação de uma série de artigos em um dos últimos números da revista norte-americana Science sobre os fósseis da espécie hominínea Ardipithecus ramidus, encontrados na Etiópia a partir de meados da década de 1990. Foram pedaços de crânio, pelve, braços e pés de 36 indivíduos que viveram na África há cerca de 4,5 milhões de anos.

Os paleoantropólogos que publicaram os artigos formaram uma grande equipe multinacional liderada por Tim White, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e G. Owen Lovejoy, da Universidade Estadual Kent, em Ohio, ambas nos Estados Unidos. Eles estudaram detalhadamente esses fósseis, que foram mapeados por meio de imagens tomográficas e “reconstruídos” utilizando computação gráfica. Além dos fósseis ósseos e dentários disponíveis, o grupo analisou os fósseis vegetais encontrados próximos a eles e os de outros animais de mesma datação, para relacionar os achados com a geografia da região naquela época.

Resultou desse enorme trabalho o melhor exemplo de inventividade e imaginação que muitos pensam que a ciência não tem, mas que na verdade são características que estão na sua essência criativa.

Os seres humanos evoluíram dos chimpanzés?
Considerados mais “pés-na-terra” que os paleoantropólogos são os biólogos comparativos (geneticistas, anatomistas, fisiologistas, psicólogos e outros especialistas). Nem por isso, entretanto, o trabalho destes é mais legítimo ou correto do que o dos primeiros. São complementares. Exemplo flagrante disso é a tese de que “o homem descenderia de um grande símio similar ao chimpanzé de hoje”, que muitos cientistas e leigos se acostumaram a aceitar, por derivação dos dados da biologia comparativa. Pior que isso é o conceito absolutamente errôneo de que “o homem descende do chimpanzé”, que vigora em alguns círculos leigos.

A tese se baseia no estudo das características moleculares e anatômicas, cerebrais e mentais dos grandes símios atuais em comparação com as dos seres humanos. As técnicas recentes de biologia molecular revelaram que nosso genoma tem mais de 99% de semelhança com o do chimpanzé. Os seres humanos são bípedes; os grandes símios (ou monos), embora possam manter-se de pé, locomovem-se apoiados nos nódulos dos dedos das mãos (nodopedalia) e suspendem-se na vertical agarrando-se aos galhos das árvores: são bípedes ocasionais, mas não usam essa postura para se locomover.

O cérebro dos monos tem massa 3 a 4 vezes menor que a do cérebro humano (cerca de 400g, contra nossas 1.400g). Seu número estimativo de neurônios está em torno de 20 bilhões, enquanto nós temos 86 bilhões em média – quantidade determinada experimentalmente no meu instituto pelo aluno de mestrado Frederico Azevedo. Apesar das diferenças quantitativas, há muitas semelhanças entre o cérebro do chimpanzé e o cérebro humano: ambos têm uma arquitetura semelhante de giros e sulcos, assimetrias similares entre o hemisfério direito e o esquerdo, e uma proporção de cerca de 40% ocupada pelas regiões do lobo frontal envolvidas com as funções cognitivas mais complexas.

As diferenças ultrapassam as semelhanças


Os seres humanos se originaram dos chimpanzés?


Entretanto, as semelhanças entre os chimpanzés e os seres humanos não escondem as suas diferenças, que são enormes. A linguagem é rudimentar em nossos parentes antropoides; sua capacidade de aprendizagem por observação e imitação não ultrapassa a de uma criança pequena; sua habilidade de intuir o comportamento de terceiros pela observação do olhar e dos gestos é mínima, incomparável com a nossa (embora erremos muito nesse quesito...). Há também controvérsias sobre a capacidade de os monos se reconhecerem ao espelho, como nós fazemos com tanta vaidade.

Acima de tudo, a organização social humana dominou a Terra, não se sabe se para o bem ou para o mal. Mas o fato é que nos tornamos capazes de construir uma sociedade complexa, cooperativa e altamente sofisticada, ao contrário dos grandes símios, organizados em grupos sociais comparativamente rudimentares. Também superamos muito a capacidade tosca dos nossos parentes antropoides de fabricar ferramentas e instrumentos de uso manual. Extrapolamos essa habilidade, e dispomos hoje de tecnologias de altíssima sofisticação, inimagináveis em qualquer outro grupo animal conhecido.

Em suma, a distância cognitiva que nos separa dos chimpanzés é tão enorme que, se a nossa origem estivesse neles, restaria ainda inexplicável a trajetória percorrida, isto é, o caminho que a evolução teria imposto aos hominíneos há 6-7 milhões de anos e que os levou à perda dos pelos do corpo, ao aumento do tamanho do cérebro, ao bipedalismo e à construção da civilização que hoje conhecemos.

A virada dos paleoantropólogos
O trabalho inventivo da equipe de Tim White e G. Owen Lovejoy mudou o cenário. Não, os seres humanos não se originaram de criaturas semelhantes aos chimpanzés.

Tudo teria começado há cerca de 18 milhões de anos, quando viveu o grande ancestral comum dos grandes símios: um quadrúpede com longos braços e sem cauda, inferido ao estilo Manoel de Barros com base nas evidências fósseis de animais mais recentes. O primeiro ramo (clado, em linguagem técnica) a divergir desse ancestral comum foi o dos orangotangos (Pongo). Seguiu-se a ele o dos gorilas (Gorilla) e o dos chimpanzés (Pan). Só que cada um desses grupos continuou a evoluir ao longo dos milhões de anos seguintes, e as características dos animais atuais dificilmente reproduzem exatamente as de seus ancestrais.

O Ardipithecus ramidus seria um ramo posterior, surgido há quase 5 milhões de anos na África equatorial. Esses animais tinham entre 30 e 50 kg e braços relativamente curtos, embora mais longos que os nossos. Além disso, apresentavam postura bípede ocasional e um cérebro equivalente ao de um chimpanzé atual. Tudo indica que já eram capazes de empregar pedras para quebrar sementes.


Reconstrução de um Australopithecus africanus, esculpido por Toni Wirts. Os australopitecos viveram entre 1 e 4 milhões de anos atrás e surgiram logo depois do Ardipithecus ramidus (imagem: NPS-USGov).


O ramo seguinte é bem conhecido: Australopithecus, que tem muitos fósseis coletados e várias espécies descritas. Os australopitecos viveram entre 1 e 4 milhões de anos atrás. Seus braços já eram proporcionalmente menores e a postura mais consistentemente bípede. Seu cérebro maior (400-500 g) foi capaz de permitir o desenvolvimento das primeiras ferramentas de pedra lascada.

Por fim, surgiu o ramo dos ancestrais humanos diretos (Homo), há 2,5 milhões de anos. Esse grupo resultou – lá pelos 200 mil anos antes da era atual – na espécie Homo sapiens, como egocentricamente nos designamos.

O grupo de pesquisadores que publicou os trabalhos sobre os Ardipithecus mostrou (mais uma vez!) que cada espécie, fóssil ou atual, tem a sua própria evolução, paralela ou divergente, ou então simplesmente diferente. E que não se pode ser simplista demais, achando que a nossa espécie derivou de um ancestral símio parecido com o chimpanzé (raciocínio derivado da similaridade genética). Muito menos – como pensam os leigos em geral – que uma espécie atual deriva de outra espécie atual. Os dados da biologia comparada devem ser analisados com cuidado!

Não depreciemos os paleoantropólogos porque eles especulam. Na ausência de evidências diretas além dos fósseis dos tecidos rígidos, eles criam verdades sobre o que inexiste. Como Manoel de Barros, eu diria que isso pode ser mais bonito e verdadeiro que o contrário.

*Meus agradecimentos a Walter Neves pelos comentários críticos à primeira versão deste artigo.


COLUNAS :: CEM BILHÕES DE NEURÔNIOS


O cérebro fabrica maconha
Pesquisadores de São Paulo descobrem novas substâncias canabinoides produzidas pelos neurônios

No início dos anos 1970, uma grande surpresa agitou os farmacologistas, aqueles que estudam o efeito das substâncias químicas sobre os órgãos e sobre as células. É que o neurocientista Solomon Snyder, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriu que havia no cérebro proteínas capazes de reconhecer a morfina. Eram os receptores opioides, chamados assim em referência ao ópio, que contém grande quantidade de morfina.

Parecia muito estranho que o cérebro tivesse receptores para uma substância analgésica obtida de um vegetal – a papoula (Papaver somniferum)... E ainda mais uma substância fortemente viciante, presente no tradicional narcótico cujo uso remonta a eras e civilizações antigas. No entanto, pouco tempo depois, o mesmo Snyder descobriu as morfinas endógenas, que ficaram conhecidas como endorfinas. Ficamos sabendo então que o nosso cérebro fabrica um tipo de morfina participante dos mecanismos naturais de regulação da dor.

A maconha feita no cérebro


Na década de 1990, a descoberta de receptores cerebrais capazes de reconhecer as substâncias psicoativas derivadas da maconha (na foto) surpreendeu os pesquisadores (foto: United States Fish and Wildlife Service).


Surpresa parecida causou a descoberta dos receptores canabinoides, capazes de reconhecer as substâncias psicoativas derivadas da maconha (Cannabis sativa). Foi em 1990 que o grupo do farmacologista Tom Bonner, do Instituto Nacional de Saúde Mental, nos Estados Unidos, clonou pela primeira vez um receptor canabinoide do cérebro. A esse feito seguiu-se a descoberta dos endocanabinoides, compostos gordurosos produzidos por neurônios e capazes de serem reconhecidos pelos mesmos receptores da maconha, posicionados na membrana de outros neurônios.

O que faria essa maconha endógena no cérebro? Os anos seguintes mostraram que os endocanabinoides são neurotransmissores não convencionais, pois não são armazenados em vesículas, mas produzidos “sob encomenda”. Ou seja: quando os neurônios do sistema nervoso central são ativados, sintetizam “maconha endógena” para modular as suas próprias sinapses.

Constatou-se que a ação dos endocanabinoides nas sinapses é retrógrada, ou seja, ocorre de trás para frente: sintetizadas no neurônio ativado por uma sinapse, essas substâncias vão atingir o neurônio antecedente da cadeia, sendo reconhecidas pelos receptores nele posicionados, que então freiam a transmissão sináptica que acabou de se iniciar. Uma espécie de marcha a ré da transmissão sináptica. Esse mecanismo é atuante nas regiões cerebrais que regulam o apetite e o humor, além das regiões ligadas à dor e à memória.


O tetra-hidrocanabinol (à esquerda) é reconhecido pelo receptor canabinoide (à direita, em verde), que fica encravado na membrana dos neurônios (modelo molecular do receptor feito pela North Carolina Central University, EUA).



Os nossos canabinoides
Com a evolução do conhecimento sobre os endocanabinoides, mais surpresas aguardavam os farmacologistas. A mais recente delas veio de um estudo publicado há poucas semanas, realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, da empresa Proteimax, também de São Paulo, e das escolas de medicina Mount Sinai e Albert Einstein, em Nova York, nos Estados Unidos.

O grupo descobriu que os neurônios produzem peptídeos (pequenas proteínas) derivados da hemoglobina que ativam os receptores canabinoides do sistema nervoso – de modo semelhante à maconha. O trabalho envolveu o levantamento proteômico dos derivados da hemoglobina e de sua presença no cérebro, o que levou à identificação de peptídeos com nove aminoácidos e ação canabinoide. Essas substâncias, chamadas hemopressinas, foram encontradas em regiões do cérebro ligadas à regulação do apetite (o hipotálamo) e em outras que atuam na geração de sensações prazerosas (o núcleo acumbente), bem como nos terminais nervosos periféricos envolvidos na dor.

Os pesquisadores então realizaram diversos experimentos para testar a ação das hemopressinas nos receptores canabinoides conhecidos, o que permitiu a identificação da via de ação desses peptídeos.

Hemoglobina e maconha: relação improvável


Relações improváveis: a molécula da hemoglobina (na imagem), quem diria, existe também nas células do sistema nervoso e origina pequenas proteínas reguladoras dos endocanabinoides, como a hemopressina.


A nova surpresa que o estudo trouxe, além da identificação de novos canabinoides, foi a sua origem a partir da hemoglobina. O que estaria fazendo no cérebro a molécula mais conhecida do sangue, encarregada de fixar o oxigênio da respiração nas células vermelhas? Na verdade, já se conhecia a presença de hemoglobina, em pequenas quantidades, em outros tecidos, como o endométrio do útero feminino, o cristalino do olho, os glomérulos dos rins e também os neurônios e células gliais do cérebro.

Outro fato que chama a atenção é que dados preliminares anunciados pelos autores do estudo indicam a produção de hemopressina em maiores quantidades quando o cérebro é submetido a condições de isquemia, como nos acidentes vasculares cerebrais. Nesse caso, teria essa “maconha endógena” alguma ação protetora contra os acidentes isquêmicos cerebrais?

A natureza, como se vê, percorre os mesmos caminhos para atender diferentes necessidades. As diversas células do organismo são aparelhadas para sintetizar substâncias semelhantes em órgãos e tecidos diferentes. Mas, em cada um, as mesmas substâncias são utilizadas para funções distintas. Soluções plenas de “racionalidade econômica”, diriam os economistas. Aproveitamento máximo das mesmas soluções em diferentes problemas.









Pressupostos antropológicos

A virtude e o homem primitivo

O homem ligado a religião, ou o homem ligado a um sonho ou o homem ligado a sua família são sempre tidos como homens virtuosos. Isso se reflete em milhares de filmes hollywoodianos. Aqui vou citar alguns deles:

Blood Diamonds

Mostra a história de um homem que vive em uma pequena comunidade na áfrica do sul, possivelmente uma tribo, mas isso não se explicita no filme. Este homem encontra com outro, interpretado por Leonardo di Capri. Este outro é um homem que viveu nasceu e foi criado na áfrica, serviu o exército e lutou contra exércitos de facções locais, assim como as facções criminosas do rio de janeiro.

Estes dois homens se encontram no meio de uma guerra civil africana, como muitas que acontecem o tempo todo por lá. Nós, brasileiros, principalmente nós cariocas vivemos uma guerra civil igual. O filme retrata a guerra com uma liderança infantil e uma organização chula. Organizado por outras crianças que aprenderam a mexer com armas cedo. Só que, segundo o filme, na áfrica eles passam por uma lavagem cerebral completa. Aqui “as coisas acontecem na camaradagem”.

Então esses dois homens, vivendo na guerra, aprendem que são iguais de alguma maneira “transcendental”. O homem branco europeu interpretado por Leonardo di Capri e o homem negro africano cujo o ator se chama Djimon Hounson . Ao longo do filme esses dois homens aprendem a aplacar a raiva e a ouvir o coração com o intermédio de uma mulher, interpretada por Jennifer Connelly.

A mulher, em muitos contos e fábulas é tida como mediadora, aquela que tem uma visão geral das coisas e menos força física. Isso se reflete ate nos estudos neurológicos, que dizem que a mulher tem “naturalmente” mais controle motor e menos senso de direção. Como se fosse natural que o homem guiasse as trilhas e as mulheres seguissem seus passos nas comunidades primitivas.

Ora, o que é natureza se não aquilo que é natural? As mulheres não têm naturalmente nada. Somos humanos, eternas folhas em branco, nossa consciência é infinito e muito mais infinito é o nosso pré e subconsciente.

A idéia de “natureza”, a idéia de “natural” está muito deturpada pela ciência moderna. O homem não tem quereres e fazeres naturais, “nós queremos e fazemos naturalmente”.








Apocalypto

História de uma tribo maia que é invadida por outra tribo maia maior e mais bem estruturada. O filme mostra ritualísticas do povo indígena da América do sul. O sacrifício de carne para o grande deus sol e o nome como avatar do personagem.


Sinopse do filme segundo a Wikipédia:

O caçador Garras de Jaguar vive com a sua mulher que está grávida, com o seu filho e com o seu pai numa idílica aldeia na selva da América Central. Quando um dia a sua aldeia é atacada por um outro povo, ele assiste a um massacre no qual o seu próprio pai é assassinado. Garras de Jaguar consegue, apesar de tudo, esconder a sua família numa gruta, deixando-a em segurança. Juntamente com outros membros do seu povo, acaba por ser capturado e é levado para uma cidade maia.

Lá as mulheres capturadas são vendidas como escravas e os homens são levados para uma pirâmide, onde serão mortos ritualmente. Quando chega a vez de Garras de Jaguar ser sacrificado, acontece um eclipse solar que é interpretado pelo sumo sacerdote como um sinal de que o deus-sol não necessita de mais sacrifícios.

Garras de Jaguar e outros prisioneiros são então levados para um campo onde terão de correr pelas suas vidas, enquanto lhes são disparadas setas. Garras de Jaguar é bem sucedido na fuga e consegue, mesmo gravemente ferido, embrenhar-se na selva, seguido por um grupo de guerreiros.

Despista-os e consegue mesmo matá-los, à exceção de dois guerreiros, que o seguem até uma praia. Consegue fugir a ambos, enquanto estes estão distraídos pela chegada de navios espanhóis. Garras de Jaguar acaba por conseguir chegar à sua aldeia destruída, onde a sua mulher deu à luz. Com a família reunida, procura, no final do filme, um novo começo.


Legends of Fall

Esse filme mostra a história de três irmãos com índoles diferentes que são criados numa fazenda. Nessa fazenda vive com eles o pai, um velho índio da tradição “Cree”, que parece ser um amigo da família e os criados que são mestiços entre índios e europeus.

O filme conta a história de três irmãos, com destinos distintos cada qual.
Alfred, o mais velho, é um homem reservado e sério, Tristan, o irmão do meio, é selvagem e valente, e o caçula Samuel, é frágil e é constantemente protegido pelos seus dois irmãos mais velhos.
Com a chegada da noiva de Samuel, a intrigante Susannah, eles acabam despertando fortes sentimentos de afeição por ela.
No filme os 3 irmãos se alistam no exército. Samuel é um rapaz bonito e bem penteado, virtuoso como seu irmão do meio, ele se casa com Susannah. Tristan um cowboy tradicional, sempre bêbado e com cabelos e barbas grandes. Alfred é o irmão mais velho, sempre protegendo os irmãos menores, um homem político e de fé católica.
Durante a guerra Samuel morre nas mãos de Tristan. Então o cowboy bêbado realiza um ritual indígena, ele queima o coração do irmão menor, e o índio da família sente pela fogueira que o aquece a noite que o irmão menor da família tinha morrido. Ao mesmo tempo Tristan se torna “obsessivo por vingança” e faz um massacre nas tropas nazista, arranca os escalpos e guarda em sua cabana. Enquanto isso o irmão mais velho, por ter estudado em faculdades, é promovido a general e alcança altas patentes no exército.
Tristan, o filho do meio, com o mesmo nome do homem da lenda em que no final o pai é o grande inimigo, é amado por todos da fazenda. Enquanto seu irmão mais velho é repudiado pela ex-esposa do irmão menor, por quem todos os três se apaixonam, com quem Alfred se casa, e quem se mata no final.




Piratas do caribe


No século XVIII, o navio do pirata Jack Sparrow é saqueado pelo capitão Barbossa e sua tripulação que, a seguir, invade a cidade de Port Royal e rapta Elizabeth Swann, a filha do governador, pois esta possui o último medalhão que Barbossa precisa para levantar a maldição lançada a ele e à sua tripulação.

Com a ajuda de Will Turner, um ferreiro amigo e apaixonado por Elizabeth, Sparrow decide recuperar seu navio. Porém, o navio Pérola Negra, de Barbossa, sofreu uma maldição por conta de um tesouro, que transforma quem quer que tenha participado no roubo do tesouro amaldiçoado, um zumbi à luz do luar.


Todos viram e amaram esse filme. Mas o personagem mais cativante não é o moçinho da história e sim Jack Sparrow, o pirata beberrão que quer viver para sempre utilizando as moedas mágicas que a tripulação do capitão Barbosa sofre com a maldição.

O bem e o mal, a morte e a vida e a luz e a escuridão são a milênios considerados iguais pelas tradições culturais e religiosas dos povos “primitivos”. A religiosidade indígena é profundamente parecida com as religiosidades asiáticas. Principalmente nos pontos de comparação de animais com pessoas, nas leituras dos céus e nas “posições sagradas”.

O sagrado na mitologia indígena nada tem haver com o sagrado na mitologia européia. O sagrado é o bom e o gostoso, assim também é nas religiões asiáticas e na grande maioria dos “rituais sagrados” dos povos tidos como bárbaros.


Questionar-te

“A complexidade do assunto por vezes me distancia. Não para melhor analisar o processo, mas por medo.”